Quando me formei médico, dizia-se que os clínicos gerais sabiam muito, mas não faziam nada para curar os pacientes, que os cirurgiões não sabiam nada, mas de fato faziam muito para curá-los, e que os psiquiatras não sabiam nada e nada faziam. Desde então e durante minha vida profissional, fui testemunha de progressos extraordinários, de grandes mudanças e de descobertas inimagináveis. Há, contudo, uma entidade que não mudou. Mais ainda, o prejuízo que ela nos causa é muito maior que o que produzia décadas atrás. É o ESTRESSE. Os clínicos gerais não o podem tratar, os cirurgiões não o podem tratar, os psiquiatras igualmente não têm tratamento para ele. A tecnologia sofisticada não ocupa nenhum lugar no tratamento do estresse. Precisamos de outro especialista. Temos necessidade de um especialista capaz de manejar a alta complexidade das dezenas de bilhões de neurônios presentes no cérebro humano; que seja um especialista tal que possa fazê-lo com facilidade. Por sorte, esse especialista existe e não figura em nenhum manual médico. Somos cada um de nós.