As condições sensíveis à atenção primária (CSAP) são aqueles agravos cuja incidência é reduzida com a efetiva ação da atenção primária. Assim, essa concepção foi desenvolvida em 1998 como forma de avaliar a efetividade da atenção básica. No Brasil, esse conjunto de agravos foi definido e sistematizado pelo Ministério da Saúde por meio da lista brasileira de CSAP, lançada em 2008. Dentro desse grupo, uma grande parcela é representada pelas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM), patologias de elevado impacto global, que têm alta morbidade e alta mortalidade, quando estão presentes suas complicações. Ressalta-se que essas doenças, por serem preveníveis ao nível da atenção básica, devem ter seu perfil epidemiológico traçado a fim de orientar política publicas apropriadas.No Brasil, as DCNT foram responsáveis por 72,6% das mortes em 2013, com as doenças do aparelho circulatório responsáveis por 31,3% e diabetes por 5,2%.